quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Boletim Informativo, 27 de janeiro de 2013



A alegria do crente é ultra-circunstancial


Tiago, líder da igreja de Jerusalém, escreve para as doze tribos da dispersão, gente que estava vivendo no vale do sofrimento, perdendo seus bens e sua liberdade. Para esses crentes fuzilados pelos ventos da perseguição, Tiago traz uma palavra de encorajamento. Destacaremos, aqui, alguns pontos importantes:
Em primeiro lugar, as provações na vida do crente são necessárias. Tiago escreveu: “Meus irmãos, tende por motivo de toda alegria o passardes por várias provações (Tg 1.2). Passar pelo vale da prova não significa ausência do amor de Deus. Ser provado não é falta de fé nem expressão de imaturidade espiritual. A prova é diferente da tentação. O inimigo nos tenta para nos enfraquecer; Deus nos prova para nos fortalecer. O inimigo nos tenta para nos derrubar; Deus nos prova para nos transformar. Um atleta só tem um desempenho notório quando se submete à disciplina das provas. Através das provas, Deus vai esculpindo em nós o caráter de Cristo. Por meio do sofrimento, Deus vai nos burilando e nos tornando semelhantes a Cristo, que aprendeu pelas coisas que sofreu.
Em segundo lugar, as provações na vida do crente são variadas. Tiago diz que os crentes passam não por poucas, mas por várias provações. Essa palavra significa “de diversas cores”. Há provas amenas e provas severas. Há provas leves e provas pesadas. Há diversas tonalidades de provas. Para cada prova, entretanto, há uma graça especial de Deus que nos capacita a enfrentá-la. Deus não nos prova além de nossas forças. Com a prova, Deus provê também o livramento. As provas não são produto do acaso, mas têm sua gênese na soberana providência divina. Mesmo quando o diabo e suas hostes lançam seus dardos inflamados contra nós, Deus transforma essas situações em bênção para nós. Podemos afirmar, com uma convicção inabalável: “Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8.28).
Em terceiro lugar, as provações na vida do crente são passageiras. As provas vêm e vão, mas nós prosseguimos em nossa jornada rumo ao céu. Cruzamos desertos tórridos, descemos a vales escuros, escalamos montanhas íngremes e atravessamos pântanos perigosos, mas mesmo sangrando nossos pés nesse caminho estreito, marchamos resolutamente rumo à bem-aventurança eterna. Nós nos alegramos não por ficarmos nas provas, mas por passarmos por elas.
Em quarto lugar, as provações na vida do crente são propositais. O projeto de Deus é nossa maturidade espiritual. A provação produz perseverança e a perseverança tem como objetivo sermos perfeitos e íntegros, em nada deficientes (Tg 1.3,4). Não há maturidade espiritual sem prova. Não há fortalecimento das musculaturas da nossa alma sem exercício. Somos provados para sermos aprovados. A fornalha das provações queimam apenas nossas amarras. Deus nos predestinou para sermos conformes à imagem do seu Filho e Deus está trabalhando em nós, transformando-nos de glória em glória, na imagem de Cristo. O cinzel de Deus é a prova. As provações tem como propósito nos desmamar das glórias deste mundo e colocar nossos olhos na recompensa eterna.
Em quinto lugar, as provações na vida do crente são enfrentadas com toda alegria. Não somos como os estoicos que acreditam num destino cego. Não vivemos debaixo do rolo compressor das circunstâncias irremediáveis. Nossa vida é governada pelas mãos daquele que está assentado na sala de comando do universo e governa o mundo. Alegramo-nos não no sofrimento da prova, mas na convicção de que Deus está no controle de toda e qualquer situação e utilizará até mesmo a nossa dor para o nosso bem final. Afirmamos, portanto, com entusiasmo, que a alegria do crente é ultra-circunstancial.
Rev. Hernandes Dias Lopes


Acampamento de Verão 2013
Tema: UM DIA A MAIS
Responsável pelo Acampamento: IPB Morada Nova
Inscrição: Marco Túlio (IPB Central)
Data: 09 a 12 de fevereiro
Valor: 120,00
Local do Acampamento: Pousada Girassóis (Represa Nova Ponte)
Participação: Banda Tanlan (Banda Gaúcha)

https://www.facebook.com/acampaverao2013?fref=ts



Classe Catecúmenos
Em breve estaremos iniciando um novo grupo para começar a Classe de Catecúmenos. Se você tem interesse dê seu nome para o Pb.Natanael.

UCP CENTRAL
Próximo sábado (02/02) as 14:30h a UCP terá sua plenária, Eleição e Tarde Esportiva. Solicitamos aos pais que tragam seus filhos. Será uma tarde agradável de comunhão.

Atenção Lideres de Grupos Familiares
No  dia 03 de fevereiro, logo após a Escola Dominical teremos uma reunião com o Rev.Cleverson.

Bodas de Prata
No dia 02 de fevereiro nossos irmãos Pb. Marcelo Oliveira e Mizza celebrarão suas bodas de prata com um culto em ação de graças em nossa igreja, às 19:30 horas. Toda Igreja (central e congregações) está convidada.


Reunião de Oração – Cong. Manancial
Próxima terça-feira a Reunião de Oração da Cong. Manancial será na casa da D. Adi a Rua Carlos Pereira Carlinhos, 200 – Santa Terezinha.

Aniversariantes da Semana

27/01
Éderson Esteves da Silva
Central
3831-7402
28/01
Sonia Helena dos Reis
Central
3832-5428
31/01
Marcos M. Lacerda
Central
3831-2928
02/02
Dirceu Lázaro Rodrigues
Central
3831-4538



Escala dos trabalhos na Central durante férias do Pastor Cleverson

27/01 – Escola Dominical -  Pr. José Carmo
             Culto -  Evang. Fernando

29/01 – Reunião de Oração -  Pb. Natanael

31/01Estudo Bíblico – Evang. Lucio


Escala presbíteros – Cong. Manancial
Mês de janeiro – Pb. Natanael
Mês de fevereiro – Pb. Marcelo




ESTUDO DIRIGIDO PARA GRUPOS FAMILIARES

Texto: I Ts. 4.9-12
Tema: O caráter do amor fraternal
Estudo preparado pelo Rev. Cleverson Gilvan

                O amor é um fruto do Espírito Santo.
                No Novo Testamento, quando o Espírito age salvadoramente no pecador, sua marca fica impressa nele. E isto de tal forma que o homem transformado e salvo é capaz de refletir esta virtude espiritual.
                No entanto é comum encontramos pessoas acreditando que o amor é um mero sentimento e assim, escravos das emoções, os homens se acham no direito de escolher aqueles a quem devem devotar amor. Mas, nas Escrituras o amor, que é virtude do Espírito Santo, é mais que um sentimento. Ele é uma atitude!
                Como você tem encarado esta virtude? Como ela tem interferido nos seus relacionamentos interpessoais? Analise este texto e pense nas pessoas que Deus tem colocado no seu grupo como objetos do seu amor cristão.

1) Qual a instrução que Paulo passa aos crentes de tessalônica no verso 9?

2) Se o amor é um mandamento, qual o modo mais fácil de obedecê-lo?

3) O verso 10 ensina que devemos progredir no amor de uns para com os outros. O que podemos fazer para estreitar e solidificar nossos relacionamentos de maneira saudável? De que modo você acredita que Cristo pode contribuir nesse processo?

4) Qual o maior obstáculo que você vê ao aprofundamento do amor fraternal? Como você acredita que isto pode ser resolvido?





FORUM

ORAÇÃO E REFLEXÃO TEOLÓGICA parte 3

Evang. Lucio de Oliveira


Na primeira parte de nossas reflexões nós observamos que ‘oração’ é um assunto teológico, e, como tal, deve ser estudado, analisado e até mesmo criticado. Podem haver erros e equívocos nas orações, e, caso queiramos ser ouvidos por Deus (no sentido de produzirmos orações eficazes *¹), temos de observar os parâmetros corretos que ele prescreve em sua Palavra.
Na segunda parte de nossas meditações, observamos a sugerida, por parte de ímpios e hereges, pretensa pretensão do homem ao orar. O homem é apenas uma partícula espacialmente insignificante em meio a toda a criação. Mesmo assim isso não implica em alguma dificuldade para a mente infinita de Deus nos observar.
Dessa vez vamos desmistificar mais uma pretensa pretensão em relação à oração. Comentamos sobre ela na última Escola Dominical (20/01), bem como a sua resolução. Essa também observa a majestade de Deus, porém numa perspectiva moral. Deus é absolutamente santo. Nas aulas de teologia bíblica do Ibel, o Reverendo Salvador Fonseca nos informou que o termo ‘santo’ pode significar tanto a idéia de separado para fins sacros, quanto a idéia de perfeição moral, pureza. Os dois significados podem ser atribuídos a Deus. Ele é transcendente (embora imanente), de modo que esteja, de fato, separado de tudo; e, por natureza, tem apenas objetivos sacros [óbvio demais, mas não causa problemas mencionar]. Mas Deus também é absolutamente perfeito moralmente; ele é puríssimo; nele não há nenhuma imperfeição moral (e.g. Levítico 21:8; Isaías 6:3; Salmos 99:9). Na verdade, Deus mesmo é a fonte de toda virtude. Ele é amor; ele é justiça, ele é o bem!
Esse Deus Santo é ‘fogo consumidor’ (Hebreus 12:29), ou seja, é justo e justo juiz (Salmos 7:11). Ele não pode, por sua própria natureza, deixar impune os pecados. Deixar de fazê-lo seria negar-se a si mesmo, o que lógica e biblicamente (2 Timóteo 2:13b) é declarado impossível.
No outro lado da relação está o homem, podre, sujo, imundo, coberto de pecado e culpa. Ele é horrível, e, muitas vezes é tão arrogante e hipócrita que nem mesmo reconhece as feridas purulentas expostas na ‘derme da alma’. Paulo compila uma exposição bíblica vétero-testamentária para descrever o estado moral e espiritual do homem em Romanos 3:10-18:
“Como está escrito: ‘Não há justo, nem um sequer, não há quem entenda, não há quem buscque a Deus; todos se extraviaram, à uma se fizeram inúteis; não há quem faça o bem, não há nem um sequer. A garganta deles é sepulcro aberto; com a língua, urdem engano, veneno de víbora está nos seus lábios, a boca, eles a têm cheia de maldição e de amargura; são os seus pés velozes para derramar sangue, nos seus caminhos, há destruição e miséria; desconheceram o caminho da paz. Não há temor de Deus diante de seus olhos.”
Um quadro horripilante! Deveras, chocante. Embora isso não seja patente, e muitos dos leitores provavelmente estejam pensando "eu não sou assim, nem nunca fui", este é o estado do coração da humanidade. Nosso coração é mais sujo que percebemos. É propenso a todo tipo de mal. Inclusive a busca despretensiosa, interesseira e mercenária a Deus é aqui condenada, de modo que nem mesmo pessoas religiosas, aparentemente devotas, se eximem de inclusão nessa terrível descrição.
De um lado, um Deus santíssimo. Do outro, um homem sujíssimo. Não pode haver ligação. O homem não só é insignificante, como é repugnante. Deus prestaria ouvidos a este? Como? Embora já o tenhamos antecipado na nota de rodapé, ressaltaremos e salientaremos a resolução.
A solução é Cristo! Hebreus 10:19-21 nos diz que ele abriu o caminho até Deus. O Santo dos Santos era um lugar especial dentro do tabernáculo (e depois do templo), onde o sacerdote, depois de oferecer sacrifícios por conta de seus pecados, entrava no Yom Kippur ou Dia da Expiação (lembrar do estudo bíblico em que estudamos Levítico 23:26-32 com o Reverendo Cleverson). Era um momento solene e sublime, onde o sacerdote ficava ‘face a face com Deus’, embora o cômodo estivesse cheio de fumaça, oriunda do incensário, para simbolizar o fato de o homem não poder, em seu estado de impureza, ficar frente a frente com Deus sem morrer*². E agora, Jesus, por seu sangue, nos purificou, de modo que já não precisamos temer o juízo de Deus sobre nossos pecados. Já fora remetido a Cristo. O véu que separava o Santo dos Santos e o resto do templo já não existe mais. Foi rasgado. Em outras palavras, é Cristo mesmo que nos pega pelas mãos e nos leva, dando-nos muita segurança, até à presença do Pai para orarmos.
Portanto, não é pretensão alguma o querer ir até Deus mesmo uma vez que ele mesmo é quem faz o convite; uma vez que já não há o que temer, pois nossos pecados já foram cobrados de Cristo, que pagou, de uma vez por todas, a nossa conta.
“Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, unto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna” (Hebreus 4:16)!

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*¹ Quando falamos de ‘oração eficaz’, não estamos pensando, necessariamente em orações atendidas conforme desejamos. A Bíblia fala, por exemplo, de Deus virando o rosto e tapando os ouvidos às orações de seu povo por estes estarem cheios de pecados nas mãos (confira Isaías 1:15; 59:1-3). Certamente temos o perdão destes pecados em Cristo. Temos apenas de confessá-los para limpar nossas mãos. Orações eficazes consistem naquelas em que Deus não faz o que acabamos de mencionar, ou seja, ele não vira o rosto, nem tapa os ouvidos.
É óbvio, também, que esse tipo de linguagem é antropomórfica, ou seja, é uma forma de comunicar uma verdade de forma metafórica, em forma humana. Não é que Deus tenha ouvidos ou rosto; mas, expor desta forma nos facilita o entendimento. Também, como Deus é onisciente, não há oração que ele não ouça. Na verdade, como vimos no último estudo bíblico, antes mesmo da palavra nos chegar aos lábios ele já a conhece (Salmos 139:4). Mas ele pode resolver não dar atenção, ou simplesmente ignorar petições ou mesmo louvores que não estejam conforme ele prescreve.
*² O reverendo Cleverson Gilvan, inclusive, comentou sobre um costume tradicional judaico de amarrar uma corda nos pés do sumo sacerdote, que adentraria o Santo dos Santos, para que, caso ele lá adentrasse em pecado e morresse, fosse puxado, pois, ninguém poderia entrar ali sem padecer do mesmo destino.




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