sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Boletim Informativo, 25 de agosto de 2013.

Por que não gosto que apontem os meus pecados?

Rev. Cleverson Gilvan

            Você já deve ter lido e escutado, várias vezes, sobre a graça de Deus e deve concordar comigo que esse é um dos assuntos mais agradáveis de se ler e de se viver, segundo as Escrituras. Todos gostamos da graça, do amor de Deus e da sua bondade. Mas não devemos nos esquecer que a realidade da graça pressupõe a nossa pecaminosidade.
            Assim, perguntamos: A quem Deus dá graça? A pecadores! Óbvio! Ou seja, a pessoas que sem Deus estariam irremediavelmente perdidas em seus delitos e pecados.
            Pensamos nessas realidades porque entendemos que só se podemos valorizar devidamente a graça de Deus quando reconhecemos nossa miséria e nossa maldade. Mas uma das coisas mais difíceis para o ser humano é assumir, realmente, esta sua lamentável condição.
            Desde que o pecado entrou no mundo o homem se tornou um exímio justificador de suas faltas. Isto aconteceu com Eva, com Adão, com Caim e com muitos outros depois deles e, inclusive, continua acontecendo até hoje. O homem, via de regra, não admite sua culpa, sua miséria e seu pecado. Antes está sempre procurando uma justificativa razoável para os seus erros. Isto é normal, todo mundo faz, eu não tenho culpa, não escolhi e vivendo dessa forma nunca consegue entender a verdadeira dimensão da obra salvadora de Jesus.
            O Evangelho da graça primeiramente humilha o homem! Ele o leva a prostrar-se reconhecendo sua maldade e sua insignificância. O Evangelho da graça não se vale de subterfúgios que fazem com que o ser humano busque no outro aquilo que só pode ser encontrado em Deus. O Evangelho da graça nos coloca de joelhos diante do Redentor, esperando humildemente a sua salvação.
            Mas que me importa ser humilhado, se com Cristo serei exaltado? Não tenha medo de confrontar o seu próprio coração, os seus próprios medos e os seus próprios pecados, entendendo que a graça de Deus está a disposição de pessoas que, como eu e você, sabem que só Jesus é a resposta para todas as nossas perguntas.



Estudos Bíblicos
Estamos estudando a Confissão de Fé de nossa igreja. Você pode e deve conhecer um pouco mais da doutrina da nossa igreja. Toda quinta-feira, às 19:30 horas. Participe conosco!


Violão
O projeto de música da nossa irmã em conjunto com a cong. Manancial iniciará na próxima quarta-feira. Agradecemos aos irmãos que colaboraram com instrumentos musicais para a realização do mesmo. Ainda continuamos contando com a ajuda da Igreja pois faltam 3 violões para que possa dar uma assistência efetiva ao trabalho. Se você um violão usado em bom estado de conservação e não usa, que tal nos doar? Fale com a Junia ou evang. Fernando.

Aniversariantes da Semana

27/08
Luiz Antonio da Silva
Central

27/08
Vicente P. F. da Silva
Filadélfia
3832-4608
28/08
Inêz Vargas Brasileiro
Central
3831-1934
28/08
Roberta Helena de Matos
Central
8855-4119
29/08
Josué Chagas
Central
3831-7739
30/08
Vanilda Alves Felipe
Central
3832-1994
30/08
Juvenal José dos Santos
Manancial
-
30/08
Benedita Maria da Silva
Central
3831-4858
30/08
Márcia C. Alves Cabral
Central
3831-8144
30/08
Maria Helena Lucas
Central
3831-4046
31/08
Edir Cabral
Central

31/08
Fernando Meirelles Silva
Central
9923-7651


UPA CENTRAL
- Próxima sexta-feira teremos nossa já tradicional Noite do Pijama que acontecerá na Chácara do Josué e Carmi. Só poderá ir quem fizer inscrição. O Valor é 10,00 para os membros da UPA e para demais adolescentes que ainda não fazem parte é 15,00.

Assinaturas para SAF em Revista 2014
Assinaturas para SAF em Revista 2014 até dia 30 de outubro com a Ana Maria. Novo preço: 21,60 (assinatura individual)

Classe Catecúmenos
Quem tiver interesse de participar da classe, procurar o Pb.Natanael para o início das aulas. 


Culto de Ação de Graças
Próximo sábado as 18:00h teremos o Culto de Ação de Graças pela vida da nossa irmã D. Benedita. Toda Igreja está convidada.



Escala da Junta Diaconal – Central e Congregações

Alto da Estação
Manancial
Filadélfia
Central
25/08/2013
José Humberto
José Rodrigues
Mardoqueu, Jonathas
* Josué, Ney




Estudo Dirigido para Grupos Familiares

Baseado no sermão do Rev. Cleverson Gilvan

Texto: Malaquias 3.13-18

Tema: Ele nunca se esqueceu de nós!

            Talvez, no fundo do seu coração, você já tenha se sentido um pouco desapontado com Deus! Você vai à igreja, participa das programações e das iniciativas que são propostas pelo conselho da igreja ou pelas sociedades e departamentos, contribui com a obra missionária mas, de repente, percebe que a vida de pessoas que não são comprometidas como você parece ser mais feliz que a sua. E então você diz: Do que tem adiantado servir a Deus se a minha vida continua tão infeliz e difícil?
            A mensagem desta semana mostra como Deus tratou esse problema na vida do seu povo. Ele deu respostas profundas e relevantes para que jamais esquecessem quem Ele era e qual o seu propósito para a vida dos que verdadeiramente tem o seu Santo Nome.
            Olhe para esta mensagem como uma oportunidade de conversar com Deus sobre a sua vida e sobre as suas frustrações também.

1) No verso 13 Deus diz que as reclamações do povo soaram duramente nos seus ouvidos e, no verso 14 ele explica porque aquela reclamação doeu tanto em seu coração. O que o povo dizia que entristecia a Deus?

2) Por que algumas pessoas fora da igreja parecem ter uma vida mais feliz que muitos cristãos?

3) Os crentes que temiam ao Senhor tinham suas dúvidas. E o que Deus fazia enquanto eles se perguntavam sobre as suas lutas?

4) Como é a sensação de orar sabendo que Deus está te ouvindo?

5) O que Deus diz que seu povo será para ele e como isto faz diferença na sua vida?




FÓRUM


LIÇÕES SOBRE HERMENÊUTICA: Aprendendo a ler a Bíblia (parte 12)

            Em algumas conversas com nossos alunos de teologia, temos percebido que o conceito sobre alegoria está meio confuso na mente deles. Primeiro, claro, temos que recomendar uma leitura mais atenta à parte 2 de nossas lições, onde abordamos o conceito. Em suma, podemos dizer que a alegoria entende que a linguagem literal não transmite a idéia a ser comunicada, mas que o texto apresenta outras informações, escondidas nas palavras que estão patentes. Cabe mais uma citação esclarecer:
"Se você dissesse para um auditório 'Atravessei o oceano desde os Estados Unidos até a Europa', não ia querer que eles interpretassem sua afirmação como se você tivesse atravessado os mares revoltos da vida e chegado ao porto de uma nova experiência. Da mesma forma, nenhum jornalista que escrevesse sobre a fome predominante num país como a Índia gostaria que a notícia fosse interpretada como se os indianos estivessem experimentando uma enorme fome intelectual" (HENRICHSEN apud ZUCK, p. 73).
            E é exatamente o não desejado apontado pelo texto que a alegoria faz. O significado literal é descartado, e um significado oculto é colocado como se fosse o verdadeiro e único significado.
            Tomaremos o sermão do reverendo Natanael Moraes, na Igreja Central de Patrocínio, no dia 03 de Agosto, como exemplo do que é fazer uma aplicação sem alegorizar. Seu sermão foi baseado em 1 Reis 19. Em suma, podemos resumir o que se passa neste capítulo da seguinte forma: Elias havia matado os profetas de Baal no famoso evento no Monte Carmelo. Depois disto, Jezabel, muito irada, jurou que mataria a Elias. Este ficou com medo, fugiu, deixando seu moço em Berseba, e indo ao deserto refugiar-se. Lá, pediu a morte a Deus, aparentemente exausto de seu labor. Um anjo aparece, o acorda, e o ordena que comesse. Elias vê que havia algo preparado para ele, come, e volta a dormir. O anjo tornou a aparecer, e o processo repetiu-se, mas, desta vez o anjo o ordenou a se levantar, pois ele tinha um longo caminho a percorrer. Elias comeu e bebeu, e caminhou, com a força daquela comida, por quarenta dias e quarenta noites, até o monte Horebe. Lá ele passou a noite. Veio-lhe, então, a palavra do Senhor questionando sua estada ali. Elias responde que fora zeloso, e queixa-se de Israel pela apostasia, e teme por sua exterminação, como aconteceu aos outros fiéis a Deus. Deus lhe manda que ele saísse, e, após uma ventania; um terremoto; e fogo, veio um 'cicio tranquilo e suave', o qual, o vendo, sai Elias da caverna. Deus novamente lhe pergunta sobre o que ele fazia ali, e ele torna a dar a mesma resposta, enfatizando seu zelo pra com o Senhor (v.14, notar o 'extremo' antes de zeloso). Deus então lhe dá algumas recomendações, mostrando a Elias que ele não conhecia os planos de Deus, nem que Deus havia preservado sete mil crentes que não haviam apostatado; e que Deus estava preparando sucessores para o trabalho de Elias. Este é o texto, do verso 1 ao 18, em forma resumida.
            O reverendo Natanael destacou que Elias, fugindo de seu problema, entrou em uma caverna, e lá refugiou-se, aparentemente depressivo e, não havendo indicação alguma do contrário, ainda desejando a morte (cf. v.4). De forma ANÁLOGA, e não ALEGÓRICA, o reverendo observou, metaforicamente, que por vezes nos encontramos em cavernas, ou seja, nos encontramos em situações de desespero e angústia, e buscamos nos esconder, e nos refugiar, desesperados e desesperançosos. É importante notar que o texto, se fosse alegórico, diria que, na verdade, Elias não foi para uma caverna, nem que este evento aconteceu, mas que, na verdade, o texto significa alguma outra coisa. Na aplicação, nos valemos da interpretação adequada e literal, entendendo que, de fato, Deus tirou Elias da depressão e de sua fuga, e observando que tal se dá, muitas vezes, conosco. Embora não entremos em cavernas, literalmente, nos refugiamos e ficamos depressivos. Esta é uma analogia válida.
Por outro lado, percebam esta alegoria que MacArthur destaca:
"Um famosos pregador carismático, com quem tenho conversado com frequência, pregou uma série de sermões sobre o livro de Neemias. À medida que ele ensinava, todos os pontos do livro representavam algo diferente ou significavam alguma coisa simbólica. Eis algumas [sic.] de seus ensinos: As muralhas de Jerusalém estavam arruinadas, e isso dá a entender as muralhas destruídas da personalidade humana. Neemias representa o Espírito Santo, que vem para reedificar as muralhas da personalidade humana. Quando se refere ao açude do rei (Ne 2.14), esse pastor afirma que o açude simboliza o batismo do Espírito Santo e, a partir disso, continua ensinando sobre importância de falar em línguas" (p.115).
            O problema é que, como nota MacArthur, o "livro de Neemias não tem nenhuma ligação com as muralhas da personalidade humana, com o batismo do Espírito ou com o falar em línguas" (p.115). Isto é alegoria. Os pontos de analogia foram forçados. Não existiam numa interpretação natural. Mas surgem, do nada, na interpretação alegórica.
            Portanto, reafirmamos o nosso ponto. A alegoria é uma forma perigosíssima de interpretação. Ela foge do texto, e impõe a ele coisas que ele não diz, nem explícita nem implicitamente. Fujamos desse equívoco. Que isto sirva de lição sobre como fazer aplicações corretas.

BIBLIOGRAFIA
MACARTHUR JR, John. F. O Caos Carismático. Tradução de Rogério Portella. São José dos Campos: Editora Fiel. 395p.
ZUCK, Roy B. A Interpretação Bíblica. Tradução de Cesar de F. A. Bueno Vieira. São Paulo: Vida Nova, 1994, 360p.
Lucio A. de Oliveira




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