sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Boletim Informativo 01 de setembro de 2013.


            Em nossos dias a palavra “amor” tem perdido o seu sentido e isso ocorre porque a compreensão sobre ela é equivocada. Um poeta secular, ao falar sobre esse assunto, expressa sua compreensão dizendo que o amor não é imortal, posto que é chama, mas deve ser infinito enquanto durar. Juntemos a isso um agravante que é a compreensão também errônea sobre o alvo do amor. Muito temos ouvido falar sobre a necessidade do amor próprio e de como o homem deve cultivá-lo. Há inclusive uma música da década de 80 celebrando o amor-próprio. Na última estrofe e no refrão temos:

“Foi tão difícil pra eu me encontrar
É muito fácil um grande amor acabar, mas
Eu vou lutar por esse amor até o fim
Não vou mais deixar eu fugir de mim
Agora eu tenho uma razão pra viver
Agora eu posso até gostar de você
Completamente eu vou poder me entregar
É bem melhor você sabendo se amar
Eu me amo, eu me amo
Não posso mais viver sem mim”

            A Escritura, porém, caminha na contramão de tudo isso. Vemos no Evangelho que, ao ser questionado por um intérprete da Lei sobre qual seria o grande mandamento, Jesus respondeu que o principal era amar a Deus de todo o coração, alma e entendimento e que o segundo era amar ao próximo como a si mesmo. Disse mais ainda: “Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas” (Mt 22.40). Devemos notar que Jesus não fala em momento algum de amor próprio, ainda que muitos tentem enxergar no texto este “terceiro mandamento”.
            O mais triste é que raciocínio dos cristãos que pensam assim é semelhante ao do autor da música citada acima: se alguém não se ama não conseguirá amar o próximo.
Esse “terceiro mandamento” não está no texto por uma simples razão: o homem, por natureza, já se ama demais e não precisa ser estimulado a se amar mais ainda. Jesus parte do princípio de que esse amor por si mesmo já existe. As palavras de Paulo corroboram esse pensamento. O apóstolo afirma: “Porque ninguém jamais odiou a própria carne; antes, a alimenta e dela cuida”(Ef 5.29).
            Quando a Escritura menciona o amor próprio, trata-o como um problema: “Sabe, porém, isto: nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis, pois os homens serão egoístas (amantes de si mesmos na versão Revista e Corrigida de Almeida)” (1Tm 3.1,2), afirma Paulo a Timóteo.
            Devemos sempre agir de forma bíblica, e, para isso, precisamos entender o que a Palavra de Deus ensina sobre o amor e o que ela requer que façamos. Somos alvo do amor maior, o amor do Senhor demonstrado na cruz do Calvário, e, por isso, podemos e devemos amá-lo da forma correta, colocando-o em primeiro lugar em nossas vidas e também dispensando esse amor ao próximo.
            Segundo Paulo, “o amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor jamais acaba” (1Co 13.4-8). Esse amor deve ser sem hipocrisia (Rm 12.9), cordial, fraternal, preferindo o próximo em honra (Rm 12.10), edificante (1Co 8.1), demonstrado de fato e de verdade (1Jo 3.18).
            Diante de tudo isso, devemos deixar de lado o que o mundo nos ensina sobre o amor egoísta (amor próprio) e viver o amor bíblico, por Deus e pelo próximo, para a glória daquele que nos amou primeiro.

Milton Jr.


Avisos

Celebração da Ceia do Senhor
Hoje, por ocasião do culto noturno, participaremos da celebração da Ceia do Senhor. Este é um momento especial na vida da igreja. Prepare-se!

Estudo Bíblico
Continuamos nossos estudos sobre a  Confissão de Fé. Na próxima quinta-feira estudaremos sobre a doutrina da criação.

Reunião de Oração
A oração é um mandamento do Senhor, portanto, não orar é pecado. Se você pode vir e não vem, precisa repensar sua atitude! Ore, porque é uma benção, mas também porque é uma questão de obediência.

Assinaturas para SAF em Revista 2014
Assinaturas para SAF em Revista 2014 até dia 30 de outubro com a Ana Maria. Novo preço: 21,60 (assinatura individual)

Culto SAF Central
Próxima sexta-feira nosso culto será na casa do nosso irmão Mauri as 19:30h. O endereço é rua Francisco Ramos, 195 F - Vila Constantino.

Classe Catecúmenos
Quem tiver interesse de participar da classe, procurar o Pb.Natanael para o início das aulas.

UPA Central
Próximo sábado teremos uma programação especial as 18:00h. Contamos com a participação de todos adolescentes.


Aniversariantes da Semana
02/09
Gustavo Teixeira Silva
Central
3832-1384
03/09
Michel Luiz Silva
Central

03/09
João Marcos P. de Oliveira
Central
3831-5418
03/09
Elio Gonçalves dos Reis
Central

04/09
Tábita dos Reis Chagas
Central
3831-7739
04/09
Maria Pereira Bragança (Vinica)
Central
3831-6518
05/09
Emerson Esteves da Silva
Central
3517-1730
05/09
Moacir da F. Borges
Central
3831-8583
05/09
Marlene A. Coelho
Filadélfia
3831-5891
07/09
Osvaldo Ferreira dos Santos
Central
3831-1784
07/09
Pablo Roger Alves da Silva
Central
3831-5637
07/09
Gabriela Fonseca Silva
Filadélfia
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Fórum

LIÇÕES SOBRE HERMENÊUTICA: Aprendendo a ler a Bíblia (Parte 13)

                Seguiremos, pois, com mais dicas práticas para que todos possam desenvolver suas leituras bíblicas. Na segunda lição, na nota de rodapé de número 2, falamos sobre um elemento que procuraremos desenvolver agora: a leitura segundo o contexto.
                Ler um texto, ou ouvir um discurso, pela metade, pode gerar muita confusão. De fato, nenhuma comunicação é efetiva sem que seja compreendida à luz do todo. Quanto mais ampla nossa visão, mais conseguiremos perceber, interpretar um particular, uma parte. Permitam-nos dar um exemplo disto.
                Recentemente, estou lendo um livro chamado 'A Arte de Ler', de Mortimer Jerome Adler. O quarto capítulo é intitulado 'Professores Mortos e Professores Vivos'. Se alguma parte deste capítulo fosse selecionada, recortada e divulgada, sem nenhuma explicação, sem nenhuma contextualização, facilmente poderíamos tirar conclusões completamente equivocadas. Suponhamos que alguém veja o autor deste artigo a falar sobre professores-mortos, ou que teve uma aula com Aristóteles a algumas horas atrás. Estas palavras poderiam facilmente serem distorcidas, de modo a, por exemplo, favorecer a doutrina espírita! Será que nós, ou Adler cremos nisto?
                Há duas maneiras, que a observação do contexto nos trás, de dizer que tal interpretação das palavras de alguém está equivocada. Uma, é observando o contexto imediato. O que é dito no resto do discurso? Se pegássemos este capítulo de Adler, acharíamos a seguinte explicação, que destruiria esta interpretação espírita de seu texto:
"Somos, até, capazes de afirmar se aprendemos com um livro ou com um professor. Pelo significado da palavra 'ensino', o livro que nos ensina alguma coisa pode ser chamado de 'professor'. Temos que fazer uma distinção entre professôres-escritores [sic.] e professores que nos ensinam pela palavra [falada]. Para maior clareza, chamarei ao professor que fala de 'professor-vivo'. Pois é um ser humano, com o qual temos um certo contato pessoal. E chamarei aos livros de 'professores-mortos'. Notem que não quero dizer com isso que o autor do livro esteja morto. Ele pode, até, estar bem vivo, ser nosso professor e fazer-nos ler o compêndio que escreveu" (p.46).
                Portanto, à luz do contexto, podemos esclarecer uma parte em foco. E, em relação ao contexto, devemos buscar, na medida do possível, e quanto mais quisermos ser exatos, partir do mais remoto contexto para o mais imediato. Isto quer dizer que devemos começar a interpretação de um texto (e aqui já mencionaremos a segunda maneira, elucidada pelo contexto, de identificar uma interpretação errada) nos questionando quem é seu autor.        Identificando o autor, e investigando algumas informações sobre ele, já teremos um bom ponto de partida para a interpretação. Adler, certamente, não é espírita. Portanto, tal conceito nos faz suspeitar, de imediato, de alguém que encontrasse doutrinas espíritas em seus escritos.
                Logo, devemos buscar entender quando e por que determinado texto foi escrito. Se soubermos a ocasião, e com o que determinado autor está dialogando, teremos condições mais exatas de interpretação*¹. Em relação à interpretação bíblica, temos o auxílio das Bíblias de Estudo. A Bíblia de Estudo Genebra, por exemplo, antes de cada livro, fala sobre a ocasião e propósitos do autor. Isto deve ser averiguado e considerado bem, antes de se partir para a interpretação dos versículos.
                Após esta consideração mais remota, uma compreensão geral do assunto do livro; e, depois, uma compreensão do assunto geral do texto estudado também vem a calhar. Este processo deverá ir se afunilando, até que se chegue aos versos a serem analisados, e estes, à luz de todo o contexto devidamente compreendidos.
                Por exemplo, vamos imaginar que estivéssemos a analisar o texto do Evangelho segundo Mateus, capítulo cinco, verso trinta e quatro (Mateus 5:34). Teríamos, por exemplo, que considerar que Mateus escreveu para os judeus, com o intuito de provar que Jesus é o Messias (o que fica evidente, por exemplo, no fato de ele mencionar, constantemente, que tal evento cumpria uma promessa do Antigo Testamento); que o livro é, pois, uma exposição de Jesus como o Messias, e o que ele fez para nos salvar e cumprir as promessas do Antigo Testamento; que, particularmente no texto em questão, Jesus está no Sermão do Monte, que abrange os capítulos 5 a 7, em que Jesus amplia a compreensão do decálogo e corrige muitos dos pensamentos judaicos. Com esses pensamentos em mente, poderemos analisar este texto, em particular, com mais gabarito, com mais informações, o que gerará mais precisão, mais exatidão. É bom lembrar que a Genebra também apresenta esta divisão por assuntos. É bom considerar tudo isso.
                Por fim, devemos lembrar os leitores de que este macete deve ser conjugado com a analogia da fé. A interpretação contextual da Bíblia inclui a consideração do próprio autor final, isto é, o Espírito Santo, de modo que a analogia da fé deve ser empregada em cooperação com a interpretação segundo o contexto. Fazendo isto, a compreensão do texto será cada vez mais exata*².
                Portanto, para que consigamos fazer uma boa leitura na Bíblia, considerar o contexto nos fará evitar muitas tragédias exegéticas, isto é, muitas interpretações equivocadas. Que Deus nos ajude!
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*¹ É provável que falemos um pouco mais sobre este assunto numa outra ocasião. Estaremos, pois, lidando com meandros mais específicos da interpretação histórica.
*² Se averiguarmos que seja necessário um exemplo, faremos um artigo para ilustrar.
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BIBLIOGRAFIA
ADLER, Mortimer Jerome. A arte de ler. Tradução de Inês Fortes de Oliveira. Rio de Janeiro: Editora Agir, 1954, 300p.






ESTUDO DIRIGIDO PARA GRUPOS FAMILIARES

Baseado no Sermão do Rev. Cleverson na igreja central

Texto: Fp. 2.5-11

Tema: A humildade de Jesus

            Não há dúvida de que Cristo é nosso paradigma perfeito! Não há nenhum modelo como Ele e por isso devemos viver cada um dos nossos dias procurando imitá-lo. Charles Spurgeon chegou a declarar, numa determinada ocasião, que nos últimos quarentas anos de sua vida não houve 15 minutos sequer de um dia em que ele não tenha pensando em Jesus. E nós, temos vivido nosso cristianismo nesta perspectiva? Ele é o nosso modelo e a direção que temos tomado em nossas vidas?
            Olhe para esse texto como mais um desafio espiritual para a sua vida. Eu preciso ser como Jesus!

1) Qual o conselho que Paulo dá no verso 5? Qual a importância desse conselho?

2) No verso 7 Paulo diz que Jesus a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo. O quanto você está disposto a dor de si mesmo para o próximo?

3) A humildade e a obediência estão juntas no exemplo de Cristo, isto significa que Deus ordena que sejamos humildes. Você se considera pronto para obedecer este mandamento? Se não, o que falta ainda?

4) O que você pensa da frase: Quanto mais de Cristo, menos de nós, mas quanto mais de nós, menos de Cristo!



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