sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Boletim Informativo, 08 de setembro de 2013.

FUNDAMENTOS DA OBRA MISSIONÁRIA

“Disse-lhes, pois, Jesus outra vez: Paz seja convosco! Assim como o Pai me enviou, eu também vos envio” (João 20.21).

            Qualquer casa ou edifício construído nesta terra, se não tiver um bom fundamento ou alicerce, certamente virá ao chão pela ação do tempo, da chuva, do vento ou do próprio peso da construção. De forma semelhante, quem se lança na obra missionária sem estar bem fundamentado, mais cedo ou mais tarde desistirá dessa empreitada ao enfrentar as dificuldades comuns do campo missionário, que via de regra, são também as dificuldades da vida cristã como um todo: enfermidades, privações, perseguições, perdas, injustiças, distâncias de pessoas queridas, incompreensões, solidão, choque cultural e investidas do inimigo. 
            Pensando nisso, gostaria de discorrer neste artigo sobre o fundamento da missão, baseado no texto de João 20.19-23, destacando especialmente o versículo supracitado. No texto em questão, o evangelista João narra a aparição de Jesus, após ressurgir dos mortos no meio dos medrosos e assustados discípulos. Ao verem Jesus vivo, eles se alegraram pela presença do seu mestre, que os instruiu sobre os fundamentos da missão que agora seria de inteira responsabilidade deles. 
            O fundamento da missão está primeiramente na pessoa do Deus Pai: “Assim como o Pai me enviou”. O texto de Gênesis três narra que logo após a desobediência de Adão e, consequentemente o afastamento do seu criador; Deus foi à sua procura: “E chamou o Senhor Deus ao homem e lhe perguntou: Onde estás?” Aquela não foi uma pergunta geográfica, mas situacional. Deus queria despertar a mente e o coração do homem para a sua desobediência e consequências daquele ato impensado. 
            Todavia, Deus não o abandonou, pelo contrário, derramou uma grande porção da sua graça e amor sobre ele e seus descentes prometendo um Salvador, seu próprio Filho, que viria trazer libertação do cativeiro e da morte que o pecado trouxe ao mundo. Foi por causa do amor do Pai e para cumprir sua promessa que Jesus veio ao mundo. Jesus veio a este mundo fundamentado na missão do Pai de salvar os que ele mesmo tinha preparado desde a fundação do mundo.
            O fundamento da missão está na pessoa do Deus Pai e também na pessoa do Deus Filho. Deu um lado, Jesus foi enviado pelo Pai, do outro lado, ele se dispôs voluntariamente para vir a esse mundo como o Salvador da humanidade. Ele humildemente deixou sua glória celestial, decidindo viver entre os pecadores e até ser humilhado e morto por eles. Tudo que Jesus fez, o fez em obediência a vontade do Pai e por amor as suas ovelhas. O modelo de envio de Jesus é o nosso modelo. No seu envio estava envolvido amor, humilhação, sofrimento e obediência que conduz à glória ou a vitória. Todos querem “sucesso” na missão, todavia, esquecem que não existe crescimento sem dor, sem dependência e obediência, a exemplo de Jesus.
            O fundamento da missão está na pessoa do Deus Pai, na pessoa do Deus Filho e também na pessoa do Deus Espírito Santo. Jesus soprou sobre os discípulos e disse: “Recebei o Espírito Santo”. Essa realidade se cumpriu de forma definitiva no dia de Pentecostes. O apóstolo Pedro, cheio do Espírito Santo pregou com intrepidez e a ação do Espírito Santo foi tão forte na vida dos seus ouvintes que eles perguntaram: “Que faremos, irmãos?” A resposta do apóstolo foi: “Arrependei-vos, e cada de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para remissão de vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo” (Atos 2.38). Mais adiante, o evangelista Lucas destaca que naquele dia quase três mil pessoas foram batizadas. O Espírito agiu tanto na vida de Pedro quanto na vida dos seus ouvintes. Sem o Espírito Santo agindo em nós e através, nosso trabalho missionário se torna apenas uma obra social, que pode trazer algum tipo de benefício, todavia, não satisfaz a real necessidade das pessoas de conhecer, crer, adorar e servir a Deus através de Jesus Cristo, no poder do Espírito Santo.
            Concluo dizendo que o fundamento da missão está na pessoa do Deus trino: Pai, Filho e Espírito Santo. O Pai enviou o Filho, o Filho enviou o Espírito e agora somos enviados, a exemplo desse envio divino. É essa convicção que nos mantém firmes e ativos no campo missionário a despeito de inúmeras situações desagradáveis que enfrentamos como as mencionadas no início do artigo. Devemos sempre nos perguntar: Por que estou aqui? Por que estou fazendo isso? A resposta deve ser: Estou aqui porque o Deus Pai, Filho e Espírito Santo me salvou, chamou-me para o ministério e me enviou para este lugar e para este povo. Estou aqui porque amo a Deus e quero obedecê-lo. Estou aqui porque amo esse povo e tenho a convicção que essa é à vontade de Deus para minha vida, pois, não estaria em paz e feliz fazendo outra coisa. Por isso, fundamentados na pessoa do Deus trino, prossigamos fazendo missão por todo o mundo como enviados do próprio Cristo: “... Assim como o Pai me enviou, eu também vos envio”. Amém.

Pastor Paulo Serafim
APMT – Guiné-Bissau




Intercessão pela família do Dc. Carlos
Nosso irmão Dc. Carlos perdeu seu irmão mais velho na semana passada, falecido na cidade de Uberlândia. Sentimos profundamente a perda do nosso irmão e conclamamos a igreja a interceder por ele, por sua mãe D. Alice e sua irmã Cida e Rogério, cunhado.

Estudos Bíblicos
Nesta semana continuaremos nossa série de estudos na Confissão de Fé. Temos estudado sobre os principais pontos de fé da doutrina da nossa Igreja. Participe conosco!

Reunião de Oração - Projeto Ana
Na próxima terça-feira todas as mães são convocadas a intercederem por seus filhos. Esta é mais uma iniciativa da SAF. "Mães de joelhos, filhos de pé". Nossa reunião começará às 19:30 horas.

Assinaturas para SAF em Revista 2014
Assinaturas para SAF em Revista 2014 até dia 30 de outubro com a Ana Maria. Novo preço: 21,60 (assinatura individual)

Encontro de Casais
Convidamos toda igreja para participar de uma palestra com os psicólogos Kátia e  Washington  de Monte  Carmelo, no dia 21 de setembro as 19:30h na Cong. Filadélfia.

Escola Dominical
Louvamos a Deus pelo bom andamento da nossa Escola Dominical, especialmente pelo departamento infantil, que vem se destacando na área da educação cristã. Que Deus os abençoe!


UPA Central
Próximo sábado teremos a Noite das Panquecas as 18:00h no salão social da Igreja Central.

Escala de devocional – Oficina de Artes
10/09 – Ana Maria
17/09 – Milca
24/09 – Rev.Cleverson


Junta Diaconal
Hoje teremos reunião da Junta Diaconal após a Escola Dominical. Todos os diáconos estão convocados.


Violões para Cong. Manancial
Irmãos o projeto de Música da Cong. Manancial junto com nossa irmã Junia está em pleno funcionamento. Temos mais alunos que instrumentos, por isso continuamos solicitando ajuda da igreja com violões em bom estado de conservação para que o maior número de  adolescentes possam ser assistidos.


Presbíteros Cong. Manancial
Mês de setembro: Pb. Pedro
Mês de outubro: Pb. Clésio


Escala Reunião de Oração – Manancial
DATA
LOCAL
DIRIGENTE
10/09
IGREJA
ILDA
17/09
IGREJA
CLEUNICE


Escala da Junta Diaconal
Alto da Estação
Manancial
Filadélfia
Central
Hoje
Ney
Carlos
Jonathas, José Humberto
* Daniel, Luiz
15/09/2013
Luiz
Daniel
José Humberto, Mardoqueu
* Ney, José Rodrigues



Aniversariantes da Semana
08/09
Mariana Pereira Silva
Central
3831-3643
09/09
Tatiany Silva Ribeiro
Manancial
8815-6171
09/09
Jean Fellipe Bouzan Gonçalves
Filadélfia

10/09
Maria Carolina Alves Nunes
Central
3831-1176
10/09
Matheus Alves Ferreira
Central
3832-4589
10/09
John Kennedy R.
Alto da Estação
3831-3897
11/09
Cecília Borges Reis
Central

11/09
Tayonara Greziele
Manancial
8844-7047
12/09
Jane Assis T. Gabriel
Central
3832-3198
12/09
Izabella Cristina A.Cabral
Central
3831-8144
12/09
Maristela Fonseca de Oliveira Silva
Filadélfia
-
13/09
Lílian Cristina Barbosa
Filadélfia
3831-6608
13/09
Naiara Madalena Silva
Alto da Estação
3831-1739
14/09
Maria Aparecida dos Santos
Filadélfia
-
14/09
Adriana F. Borges
Central
3831-8583






Fórum

LIÇÕES SOBRE HERMENÊUTICA: Aprendendo a ler a Bíblia (Parte 14)

            Na nona lição que demos, falamos, na segunda nota, sobre a busca por instruções de outras pessoas em prol de compreendermos alguns textos. Nesta lição, finalmente, expandiremos tal conselho e mostraremos sua justificativa como algo correto e até mesmo recomendável. Sem mais delongas, à lição.
            Observemos os conselhos de alguns sábios e santos homens para elucidar e facilitar o aprendizado. Nosso texto será, na verdade, uma compilação destes conselhos. Primeiro, vejamos Robert Letham, doutor em Teologia Histórica, falando, em seu livro 'A obra de Cristo', sobre a importância de se observar o que outras pessoas, no decorrer da história, disseram sobre a Obra de Cristo (e as recomendações, claro, valem para todo assunto). Letham, pois, nos chama a atenção para dois fatores. "Em primeiro lugar, estaremos enganados se pensarmos que podemos ler a Bíblia somente por nós mesmos. Toda interpretação das Escrituras é construída sobre o que aconteceu antes de nós. No século 19, um pequeno grupo dos Estados Unidos decidiu abandonar o ensino histórico das Escrituras e estudar as Escrituras por si mesma, partindo do básico. Esse grupo publicou uma revista com o resultado dos seus estudos, chamada Studies in the Scrptures. E assim nasceu a seita conhecida como as Testemunhas de Jeová.*¹ [...] Como podemos ver, as Testemunhas de Jeová não fizeram nada verdadeiramente novo; elas apenas reproduziram as heresias do Arianismo do século 4º*². Em segundo lugar, se depreciarmos as dificuldades passadas da igreja, não estaríamos nós cheios de orgulho? Não seria talvez o caso de estarmos tão envolvidos com o que o Espírito Santo esteja nos mostrando agora que nós prestamos pouca atenção ao que ele mostrou a outros? Parte da razão pela qual a tecnologia tem avançado tanto hoje é porque ela possui uma base de um longo período para se apoiar. Ela não tem tentado reinventar a roda!" (p.18).
            Roy B. Zuck também nos ajuda a entender a questão: "Quando você está dirigindo um carro, precisa ficar atento a toda a sinalização rodoviária. Algumas placas servem para advertir [...]. Outras mostram a direção [...]. Já outras placas são meramente informativas [...]. De forma semelhante, o entendimento de como pessoas e grupos interpretavam a Bíblia antigamente pode funcionar para nós como uma espécie de sinalização, advertindo, conduzindo e informando. Como placa de advertência, o estudo da história da interpretação bíblica pode ajudar-nos a enxergar os erros que outros cometeram no passado e suas consequências [...]" (p. 31).
            Paul Washer também tem algumas palavras a dizer sobre o assunto. Na pregação 'O Evangelho Segundo Jesus Cristo', ele faz sobejos elogios à teologia histórica (o que o doutor em Teologia Histórica que ao seu lado estava, dr. Héber Carlos de Campos Júnior, deve ter aplaudido e regozijado dentro de seu coração). Suas palavras foram que uma das grandes necessidades da Igreja hodierna, e uma imprescindibilidade dos aspirantes ao ministério, é que seja conhecida a história da Igreja. "Como cristão, você não pode se separar de dois mil anos de história da Igreja Cristã. A sabedoria não nasceu com você e não vai morrer com você [...]. Há inúmeros santos que viveram antes de você, e Deus usou muitos deles para mudar o mundo [...]. Você deve estudar a Escritura, e a Escritura tem que estar acima de todas as coisas. Mas quero que você aprenda a estudar a Escritura no contexto da cristandade, no contexto de dois mil anos de história em que homens e mulheres estudaram as Escrituras".      Então ele dá um exemplo sobre o estudo do texto que estava pregando (1 Coríntios 15). Ele fala de um preparo relacionado à análise do texto, inclusive, se formos capazes, nas línguas originais e tudo o mais. E, então, após concluída nossa interpretação do texto, surge a questão: "como posso saber que realmente entendi este texto? [...] Uma vez que eu interpretei o texto, volto para a história da Igreja, e me pergunto: será que mais alguém interpretou este texto como eu, ou será que minha interpretação é nova comigo? Se ninguém repetiu a interpretação que faço do texto, então provavelmente estou errado. Se todos os santos através das eras estão em acordo e todos discordam de mim, eu provavelmente estou errado".
            Por fim, é bom considerarmos as sugestões de Louis Berkhof sobre o assunto. Ele está a versar sobro o uso correto dos comentários. Colhamos algumas palavras: "Ao procurar explicar uma passagem, o intérprete não deve recorrer imediatamente ao uso dos comentários, uma vez que isso pode impedir toda a originalidade no início, envolver uma grande quantidade de trabalho desnecessário, e ainda resultar numa confusão inútil. [...] Seu trabalho será bastante facilitado se ele abordar os Comentários, tanto quanto possível, com questões definidas na mente. [...]... quando ele [o intérprete] consulta os comentários com uma certa linha de pensamento em mente, estará mais bem preparado para escolher entre as opiniões conflitantes que pode encontrar. Caso tenha sucesso em dar uma explicação aparentemente satisfatória sem a ajuda de comentários, é aconselhável que compare sua interpretação com a de outros. E, se descobrir que sua interpretação é contrária à opinião geral em algum ponto particular, deve ter a sabedoria de cobrir cuidadosamente aquele campo mais uma vez para ver se considerou todos os dados e se suas inferências estão corretas em cada aspecto. Ele pode detectar algum erro que irá compeli-lo a rever sua opinião. Mas se achar que acada passo que deu está bem fundamentado, então deve sustentar sua interpretação a despeito de tudo o que os comentaristas possam dizer" (p.84-85).
            Isto não é negar o 'sola scriptura', como observa o reverendo Augustus Nicodemus no vídeo 'A Inerrância da Bíblia'. É observado que Sola Scriptura não quer dizer que não aproveitamos a teologia produzida pela igreja, e sim que a Bíblia é a autoridade final sobre o assunto. Os reformadores afirmavam, por este slogan, que a Bíblia seria a base para a reflexão teológica.
            Portanto, a interpretação saudável e o mais exata possível de um texto pede uma consideração à produção histórica, ao que já fora feito por nossos irmãos que nos antecederam no decorrer da história.*³ Vale notar a máxima que justifica o estudo da história: o estudo da história serve para que aprendamos com o passado, repetindo seus acertos, evitando seus erros, e, finalmente, para que entendamos a situação atual. Tais questões se aplicam ao estudo da história do pensamento cristão, e, particularmente, à ampliação de nossas competências para compreender a Bíblia.

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*¹ Empreitada semelhante fez surgir os Adventistas do Sétimo Dia.
*² O teólogo Franklin Ferreira, em aula, neste ano de 2013, no Seminário Martin Bucer, observou que o estudo da Teologia Histórica é importante pelo fato de que, após dois mil anos de história do pensamento cristão, não há muito mais coisas para se descobrir.
*³ Se julgarmos preciso que ampliemos o assunto, elucidando, iluminando e ilustrando a questão, o faremos em outro texto.
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BIBLIOGRAFIA
BERKHOF, Louis. Princípios de Interpretação Bíblica. Tradução de Denise Meister. São Paulo: Cultura Cristã, 2 ed., 2004, 144p.
LETHAM, Robert. A Obra de Cristo. Tradução de Valéria da Silva Santos. São Paulo: Cultura Cristã, 2007, 272p.
LOPES, Augustus Nicodemus. A Inerrância da Bíblia. http://www.youtube.com/watch?v=91QHD5EdCzM, acessado em 06 de Setembro de 2013.
WASHER, Paul. O Evangelho Segundo Jesus Cristo. http://www.youtube.com/watch?v=CNEfQdVjFqw, acessado em 06 de Setembro de 2013.
ZUCK, Roy B. A Interpretação Bíblica. Tradução de Cesar de F. A. Bueno Vieira. São Paulo: Vida Nova, 1994, 360p.



ESTUDO DIRIGIDO PARA GRUPOS FAMILIARES

Texto: Atos 16.19-26

A Verdadeira Liberdade

            Teria sido o grito da independência, proferido por D. Pedro de Alcântara de Bragança, o marco dos novos tempos do Brasil? Há controvérsias! A quem duvide do grito, das intenções e especialmente dos seus resultados, afinal de contas, no meio de tanta corrupção, miséria e descaso é cada vez mais difícil ver um país livre. Contudo, não há entre os brasileiros quem se considere escravo! Todos somos livres, apesar de nem sempre enxergarmos as cadeias que nos cercam.
            Esse paradoxo dos livres-presos ou dos presos-livres encontra uma outra expressão na narração do aprisionamento de Paulo e Silas, registrado em Atos 16. Lá, aprendemos que os que estavam presos, na verdade estavam livres e os que estavam livres, na verdade estavam presos. Tudo isso nos faz pensar que só se Cristo nos libertar é que verdadeiramente seremos livres - Jo. 8.36

1) Por que Paulo e Silas foram presos? Leia Atos 16.16-19

2) Os homens que exploravam a jovem adivinhadora estavam sem sua fonte de lucro. Eles não tinham mais a sua escrava para lhes servir. Na sua opinião como o pecado tem escravizado as pessoas?

3) Por pregarem a verdade como Paulo e Silas foram tratados?

4) Se o governo brasileiro aprovar algum tipo de restrição a mensagem do evangelho, como tentam fazer na questão da homofobia, que tipo de atitude você acredita que a igreja deve tomar? E o que você faria?

5) Como Paulo e Silas foram libertos? Que lição você aprende desta atitude?



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